Logo, venho hoje aqui, dia 27/07/2009, para saborear alguns pedaços de tempo que vivi ao lado de uma pessoa que hoje completa seus poucos, porém intensos 26 aninhos. Andréia Horta.
Há oito anos, eu recém chegado em São Paulo, conheci uma menina serelepe de dentes avantajados, cabelos negros, pele branca, sorriso aberto, uma pseudo timidez, um talento enorme e uma puta vontade de viver a vida. Fomos apresentados, trabalhamos juntos por um tempo, ficamos muito próximos, viramos colegas, nos tornamos amigos e logo, logo sem que percebêssemos, depois que curtimos o fim da nossa adolescência juntos, não conseguimos mais nos separar.
Daí então, o tempo foi passando, a vida foi nos ensinando, o trabalho foi nos obrigando a crescer, as dificuldades vieram, os almoços regados a macarrão com sardinha por falta de grana, os amores, os desamores, as alegrias, as conquistas, as perdas... ah, as perdas.
Quatro anos depois de tanta convivência, ela obteve sua grande conquista e eu uma perda. O trabalho a levou pra cidade do sol enquanto eu permanecia tão cinza quanto o céu daquela cidade. Que feliz tristeza ou que tristeza mais feliz.
Passados alguns meses, veio o réveillon e com ele um pedido: -Samuka, vem pra cá, vem morar perto de mim, preciso de vc!!! Resposta: -Me dá um ano. E a gente continua seguindo junto.
Um ano depois, o pedido foi realizado.
Hoje, as nossas caminhadas continuam sempre juntinhas, às vezes esbarram-se, às vezes atropelam-se, às vezes distanciam-se, mas nunca, jamais se perdem de vista.
Ela é minha poesia de carne e osso. Minha irmã tão amada. Minha força feminina.
Que a nossa mãe Iansã, nos conserve juntos por muitas e muitas vidas.
Axé.
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