Claro.
Eu quero esquecer um passado que já não é,
um presente que não será,
um futuro que já passou.
Clarice.
Mas cada folha de livro dessa prateleira te tem.
Cada flor desse lençol é um pedaço seu que não foi embora.
Cada vento soprado desse ventilador
é um toque desejado que nunca existiu.
Clarice.
Te tenho medo.
Cada palavra tua, ainda que em sonho,
é um suspiro preso no meu peito,
uma implosão,
um amorfobia.
Me deixa rimar.
Me seja a mar.
Me leva a voar-te.
Me poema-te.
Me rabisque teu verso.
Clarear-te-ei para me ver em ti,
por todos os lados,
em todas as frentes,
seguindo-me-te.
Claramente.
Seu.
12 de jan. de 2011
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