Elas chegaram com a mesma euforia de sempre. Abraçaram ele, beijaram ele, riram e foram pra casa. A casa era nova, pintada, arrumada, mobiliada para um casal. O casal era segredo. Logo, a casa teve de ser desmembrada. Mas tinha uma bela vista. Elas adoraram o visual. Não perceberam o casal. Se divertiram. Foram embora.
As lembranças ficaram. Era uma relação fictícia. Nunca puderam viver as verdades de cada um. Eram três irmãos felizes nas suas histórias que se emaranhavam, se separavam e ficavam em paralelo. Eram vidas de uma comédia tchekhoviana. Outro tempo.
O casal ficou. O casal não tem lembranças. É novo demais pra isso. Será melhor? Tudo que eles construírem a partir de agora serão lembranças daqui há algum tempo. Elas farão bem? Elas dirão que as coisas acontecidas eram verdadeiras? Elas serão benéficas ao coração? Elas doerão?
A casa voltou ao normal. Eles nunca mais foram os mesmos...
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